Estrear um novo blogue é como estrear um novo caderno ou rabiscar os primeiros esboços de uma obra de arte. Também aqui surge, certamente, o terror do papel branco. Há um pavor em cada palavra, um tefe-tefe do caraças…
Bloqueios insuspeitados avançam intrepidamente e nota-se um adiamento inexplicável de cada ideia, de cada juízo, de cada raciocínio. O papel branco e os blogues novos deixam-nos irremediavelmente estúpidos. (A minha vida deve ter sido passada a abrir blogues, a estrear cadernos e a esboçar inícios prometedores de inúmeras obras de arte – explicação cabal para o surgimento de incipientes fenómenos de burrice que tenho vindo a detectar em mim e cuja explicação me tinha passado ao lado até hoje…)
Depois, passa. Refiro-me, naturalmente, ao medo. A burrice, essa, tenderá a aumentar…
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